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Sunday, May 6, 2007

Os Mistérios de TAFARI MAKONNEN - Haile Selassie I

Por Kelvin

Os mistérios mais intrigantes do imperador Etiope, Ras Tafari Makonnen ou Haile Selassie I que para muitos Rastafaris seria o eleito de Deus.
Um dos maiores mistérios é que ele sabia o que havia em quase todos os livros bíblicos e até o conteudo de alguns livros secretos da Igreja.
Livros como o "Livro de Enoque", "Livro de Kufale", "o Eclesiastes" e até o "Livro do Eden" que foi retirado do Gênese na Idade Média.
Em 23 de julho de 1892, nasce em Ejarsa Gora, um vilarejo a cerca de trintas quilômetros da cidade de Harar na Etíopia, TAFARI MAKONNEN, filho de Ras Makonnen, governador de Harar sobre o império de Menelik II, e de sua esposa, Woyzaro Yashimabet.
Acreditava-se que essa criança era descedente direta do rei bíblico Salomão de Jerusalem e da rainha Makeda de Sabo (Sabá), as terras do sul da Etiópia. Na verdade a linhagem fora traçada até o avô de Salomão, Jessé, o judeu mais negro que o mundo ja viu.

Ao longo de vários anos, os padres e astrólogos de Ras Makonnen previam o nascimento da criança; Netuno e Plutão, explicavam eles, começaram a mover-se lentamente um em direção ao outro no ano de 1399; ambos os planetas viajaram pela Linha Heliocêntrica e levariam 493 anos até se cruzarem; este momento aconteceria em julho de 1892 e daria início a radiações de outros signos do zodíaco que iriam influenciar misticamente a constelação de Leão, correspondente a bíblica Casa de Judá, quarto filho de Jacó, que nasceu no mesmo mês, segundo o relato de Isaías. Porém, antes desse nascimento, disseram os profetas, haveria uma grande seca na Etiópia, a começar em 1889, a despeito de o país desfrutar tradicionalmente de duas estações chuvosas. O subseqüente retorno das chuvas confirmaria a identidade e o destino da criança, conforme estava escrito em Isaias 9:6: "Pois de nós nasceu uma criança, foi-nos dado um filho; e o governo deverá recair sobre seus ombros; e ele deverá chamar-se O Maravilhoso Conselheiro, O Deus Todo-Poderoso, O Pai Eterno, O Príncipe da Paz".

Até então ainda não havia garantia que o menino chegaria ao governo da Etiópia; nem mesmo como descendente direto de Jessé e Salomão e trineto do rei Sahela Selassié, soberano regional da província de Shoa ,que impôs a sua vontade sobre os poderosos povos galla, assinou acordo com monarcas estrangeiros como a rainha Vitória e deu continuidade às tradições, responsabilidades e glórias da dinastia salomônica, conforme o estabelecido pelo mais sagrado livros etíopes, o Kebra Nagast. A Etiópia era uma terra de traição, falsidade e atos vis por parte dos altos escalões, Makonnem sabia disso. Se por um lado Menelik II era o seu amado primo, a quem jurara eterna lealdade, por outro a imperatriz Taitu era a serpente maquiavélica que não deteria por nada para levar ao trono alguém da sua própria linhagem após a morte do velho imperador. Se o filho sobrevivesse, teria que aprender bastante sobre as responsabilidades de um berço nobre, sobre a obediência e a arte de governar.
Makonnen decidiu que o jovem TAFARI teria os beneficios de ambas as educações, a tradicional e a européia. Esse era um fato raro entre os isolados e etnocêntricos habitantes da Etiópia do final do século XIX. Os povos de toda a nação, muitos dos quais adentraram o país pela península arábica, dividem-se em duas famílias lingüísticas principais, a cuxita e a semita. O povo galla (do qual descendia a mãe de TAFARI) era o mais formidável dentre os cuxitas; e os povos amáricos de Shoa, os mais influentes dentre os semitas. À medida que TAFARI foi ganhando idade, a língua, a política e a religião (a autônoma Igreja Copta ou Cristã Ortodoxa da Etiópia) dos semitas foram se tornando predominante.

Por ser membro da nobreza shoano-amárica, TAFARI foi criado conforme condizia a um jovem príncipe que um dia viria a casar-se com uma digna woyzaro, ou mulher nobre. Makonnen, tendo feito diversas visitas oficiais à Europa (inclusive para a coroação de Eduardo VII da Inglaterra), compartilhava a opinião de Menelik e acreditava que um conhecimento da política, comércio e cultura europeus era essencial caso a Etiópia algum dia pretendesse acordar de sua letargia feudal e unir-se à moderna família de nações. Sendo assim, Makonnen contratou um tutor francês de Guadalupe, o Dr. Vitalen, e mais tarde convidou Abba Samuel, etíope que trabalhava na missão francesa, para dar ao filho uma sólida educação ocidental.
Aos treze anos de idade, TAFARI foi nomeado pelo pai Makonnen para o posto de dejazmatch, ou Guardião da Porteira, num setor da província de Harage. Um ano depois, em 1906, o orgulhoso pai viria a falecer.

Alguns lideres da Etiópia ficavam apavarados com TAFARI. Ele conhecia fatos religiosos não muito divulgados e conhecia muito sobre obras religiosas como o Kebra Nagast, Livro de Kufale, o Livro de Enoque, o Pastor de Hermas, o Livro de Judite, o Eclesiastes, o Livro de Tobit, o Matshafa Berhan (Livro da Luz), os Sexto e Sétimos livros de Móises, os Livros do Éden (secretemente elimininados dos Gênese durante a Idade Média), todos os trinta e um livros da Bíblia hebraica, os vinte e um livros cânonicos do novo Testamento e numerosas outras obras apócrifas ou pseudo-epigráficas. Segundo contam, um padre de Harar foi visitar o jovem TAFARI pouco depois da morte do pai e perguntou-lhe onde adquirira conhecimentos tão vastos. TAFARI respondeu que a maior parte lhe chegara no momento do batismo, conforme a tradição, no quadragésimo dia de vida. O padre que presidira a cerimônia abrira os olhos de TAFARI com o primeiro toque da crisma sagrada, e tudo que se seguiu foi tão compreensível para o infante quanto o seria para o adulto .O padre pronunciou o seu sobrenome, lembra-se ele, e, em seguida seu nome de batismo. O passo seguinte foi, é claro, soprar suavemente o rosto de TAFARI para afugentar os maus espíritos. Naquele instante, afirmou TAFARI, ele se sentiu envolvido por uma incandescência dourada e, a medida que o padre começava a ungi-lo, com a água tocar-lhe a testa, peito, ombros e todas as outras trinta e sete partes prescritas, ele sentia que o conhecimento aumentava, que o preenchia internamente como a um jarro e o dotava de uma enorme clareza quanto á Criação e ao derradeiro propósito do homem.

Entretanto, nas semanas seguintes, o conhecimento e essa sensação ímpar de Lucidez pareceram se esvair. Quando retornaram? - Indagou o padre.
Quando os pássaros e as feras e até mesmo os insetos começaram a saudálo, conversando com ele, fazendo-o lembrar-se do que já sabia, respondeu TAFARI. Qual foi a primeira criatura a falar com ele?
TAFARI pediu uma folha de papel e alguns bastões de giz e começou a desenhar, com a extraordinária facilidade, a figura de um pássaro. Lembrava um pombo, mas com uma plumagem exótica e colorida. O padre estava prestes a perguntar-lhe que tipo de pássaro era aquele quando, estupefato, viu o pássaro desprender-se do papel e voar através da janela próxima até desaparecer no céu.

Fonte: Catch a Fire (Queimando Tudo)

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